sexta-feira, 11 de abril de 2014

O silêncio indígena


Nós os índios, conhecemos o silêncio...
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio.
E eles nos transmitiram este conhecimento.
Observa, escuta, e logo atua, nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos.
E então aprenderás.
Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrario.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões, nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de “resolver um problema”.
Quando estão numa habitação e há silencio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrario, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada que a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveriam pensar em vossas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio... 


(Akaiê Sramana - Fundador da Tradição Xamanismo Ancestral) 



Em homenagem ao Dia do Índio que está chegando, todo o meu respeito e carinho a seus ensinamentos.
Bj.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Comida e afetividade

Matéria interessante de Juliana Dias na página do Mercado Ético: "Os papéis culturais e afetivos da comida". vale à pena ler. Aliás tem artigos bem interessantes lá. Para dar uma pincelada, o primeiro parágrafo:
Os hábitos alimentares, afirma o antropólogo norte-americano Sidney Mintz, são veículos de profunda emoção. Para o autor, a comida e o comer são centrais no aprendizado social por serem atividades vitais e essenciais, embora rotineiras. As atitudes em relação à comida são aprendidas cedo e bem. Na visão de Mintz, esse comportamento alimentar é nutrido por adultos afetivamente “poderosos”, que conferem um poder sentimental duradouro. Assim, ele explica que o lugar onde crescemos e as pessoas com quem convivemos vão aos poucos construindo um material cultural. Esse material dá forma ao nosso comportamento alimentar que “se liga diretamente ao sentido de nós mesmos e à nossa identidade social” (2001, p 31). A maneira como nos alimentamos revela constantemente a cultura em que estamos inseridos."
Clica aqui e vai lá ler o resto da matéria. 

JULIANA DIAS É EDITORA DO SITE “MALAGUETA – PALAVRAS BOAS DE SE COMER” (WWW.MALAGUETANEWS.COM.BR), MESTRE EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E SAÚDE PELO NUTES/UFRJ, E DOUTORANDA EM HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS, DAS TÉCNICAS E EPISTEMOLOGIA, NA UFRJ. PESQUISA SOBRE ALIMENTAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE, TENDO COMO EIXO AS ÁREAS DA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. É CO-LÍDER DA ASSOCIAÇÃO SLOW FOOD, NO RIO DE JANEIRO, E MEMBRO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (CONSEA-RIO).
Bj!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Anjinha de Natais de outras épocas

Após tanto tempo sem publicar nada mesmo tendo sentido vontade de publicar tanta coisa, não pude resistir. Pesquisando ideias para o Natal, tanto para a creche onde trabalho quanto para minha própria casa levei um susto quando, sem querer, encontrei uma foto (abaixo) com uma anjinha idêntica ao que ganhei de minha avó Charlotte (Carlota, pra mim) quando eu era criança. Ela deve te-la trazido de alguma de suas viagens. Alegria inesperada... O meu queimou e acabou se estragando; infelizmente.


"Minha" anjinha à esquerda na foto.
A foto está originalmente publicada aqui.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Mudando o Visual

A escolha deste modelo ainda não é definitiva. Estamos testando...
Bj!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Uau!


Casa Cor Rio 2012: Loft + Rio by iving by Luiz Fernando Grabowsky= Meu Sonho de Consumo.


Bj!