Oito anos depois...

" Já não sou mais a menina que fui: tenho trinta e seis anos.
 Sei o que quero e o que não quero mais.
Sei que não estou aqui para viver de qualquer jeito.

Não quero desistir.
Não quero me impôr.
Não quero nada que seja mais ou menos.

Quero ter cada vez mais consciência de mim.
Quero saber conciliar as coisas. Cumprir meus papéis com dedicação real.
Não quero ter razão mas estar sempre caminhando com consciência e verdade.

Me quero mais para o outro do que para mim mesma.
Afetivamente quero interagir, somar, construir o mais e o melhor que alcançar.
 E quero alcançar alto, muito alto.

De "vida bovina": café, almoço e jantar.
No rosto, serenidade e luz dos olhos.
No ritmo, tranquilidade.

O coração, receptivo.
A mente absorvendo, digerindo e devolvendo tudo o que vale à pena.
Ouvidos, abertos.

Boca, que sabe calar.
Pés firmes e silenciosos.
Mãos amorosas e delicadas.

Postura, digna.
Firmeza de princípios.
E lá no íntimo toda a vontade do mundo.

Que deus me permita e me auxilie a fazer e a ser feliz.